sexta-feira, 14 de maio de 2010

CASO MARISTELA JUST

ASSISTAM AO VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=lzNSLtHBsyE&feature=related



Adiado julgamento do caso Maristela Just. Imagens: Marcionila Teixeira/DP/D.A Press



Depois de 21 anos de espera, foi adiado para o dia 1º de junho o julgamento do caso Maristela Just. A decisão foi tomada pela juíza Inês Maria de Albuquerque Alves depois que o réu, o ex-marido da vítima, José Ramos Lopes Neto e o advogado Humberto Albino de Moraes, não compareceram à sessão, marcada para as 9h, no Fórum de Jaboatão dos Guararapes.


A juíza arbitrou uma multa de 50 salários mínimos para o advogado e nomeou um defensor público para atuar na próxima data do julgamento, caso a defesa volte a não comparecer. Além dos dois, nenhum familiar do réu compareceu ao fórum. As duas fileiras reservadas para a família de José Lopes permaneceram vazias.


Após comunicado o adiamento, os parentes de Maristela se abraçaram e choraram. A tristeza se abateu especialmente sobre os filhos de Maristela, Zaldo Neto e Nathália, também agredidos pelo pai no dia em que a mãe deles foi assassinada. Após conterem a emoção, os jovens agradeceram o apoio da imprensa e pediram a presença de todos na nova data de julgamento. Sobre o réu, ambos expressaram apenas revolta: "Não o consideramos nosso pai. Ele fez mais uma manobra e está se utilizando de todas as brechas que o código criminal concede", disse Zaldo.


Esta não é a primeira vez que a defesa utiliza manobras para adiar o julgamento do crime, cometido há 21 anos. Em todo esse tempo, para protelar o júri, José Ramos entrou com três pedidos de habeas corpus, além de vários recursos no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e até no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo prescreve em julho.


Em liberdade condicional desde 1990 (José Ramos ficou preso somente um ano), o comerciante responderá não só por ter matado a ex-esposa Maristela Just com três tiros a queima-roupa, como também pelo crime de tentativa de homicídio dos dois filhos biológicos - Zaldo Neto, então com dois anos (hoje com paralisia no lado esquerdo do corpo em consequência da agressão ), e Nathália, à época com 4 anos, atingida no ombro, além do cunhado Ulisses Ferreira Just, que também foi baleado no peito.


Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR, com informações da repórter Marcionila Teixeira

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