quarta-feira, 26 de janeiro de 2011




 Palavras Ao Vento 

Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras
Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras, palavras
Palavras, palavras
Palavras ao vento
Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva
Minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras, palavras
Palavras, palavras
Palavras ao vento
Palavras apenas
Apenas palavras pequenas
Palavras


(by Cássia Eller)


Rosana Simpson 
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MÚSICA FICA COM OS TRÊS PRIMEIROS LUGARES DO VESTIBULAR DA UFPE 2011

Candidatos de música e alunos de escolas públicas surpreendem com ótimo desempenho

Do JC Online - Publicado em  21.01.2011, às 13h13

Após anos a fio em que as primeiras colocações no Vestibular da UFPE eram conquistadas por cursos tradicionais como medicina e direito, a seleção de 2011 trouxe como maior surpresa os três primeiros lugares gerais ocupados por candidatos ao curso de música. Outra novidade histórica é que as oito primeiras notas da listagem geral são de estudantes de escolas públicas.
"Eu achava que não podia me comparar com os candidatos de medicina, mas essa minha conquista fica como exemplo de que nós, alunos de escolas públicas, podemos chegar lá. O importante é não desistir, não desacreditar do próprio potencial e 'sugar' ao máximo o que os professores  têm a nos ensinar. Também é importante confiar em Deus, eu fiz a minha parte, mas sem dúvida o mérito é dele", avalia com humildade Davi Barbosa Campos, 21 anos, aluno da escola estadual Marechal Costa e Silva, em Abreu e Lima, clarinetista há quatro anos da Orquestra Sinfônica Jovem. 
O reitor da UFPE, Amaro Lins, defendeu que o resultado é uma benfazeja repercussão de que a valorização do conhecimento seja democratizada, e que músico deve ser tão valorizado quanto um médico, advogado ou engenheiro. Argumentou ainda que há uma atual política da instituição de reconfigurar o curso. Será feito um novo prédio no Campus somente para o ensino de música, com projeto acústico elaborado pelo mesmo arquiteto que projetou a Sala São Paulo, uma das mais referenciadas do Brasil. 
O cálculo da nota final para o candidato de música é diferencial. Além das notas do Enem, a primeira fase do vestibular leva em consideração a nota da prova de Solfejo, etapa prática de conhecimentos melódicos. O primeiro lugar geral e outros candidatos aos mesmo curso conseguiram a nota máxima no exame específico, o que elevou suas notas em relação aos outros alunos avaliados somente pelo resultado no Enem. Davi, por exemplo, obteve no Enem argumento entre 500 e 600 pontos, considerado regular.
Na segunda fase, Davi Barbosa Campos conseguiu a façanha inédita de também tirar 10 na prova prática de execução de instrumento. Tal nota também é pontuada na média final da segunda fase, juntamente com os números de português, língua estrangeira e história. Ao fim, 8,5923 foi a nota que Davi viu publicada no listão. 
O fera, o segundo e o terceiro colocados foram ainda contemplados com um acréscimo de 10% na nota final, graças ao critério imposto em edital de que o aluno que prestou todo o ensino médio de escola pública tem direito a um bônus de 10% da nota em seu resultado total. Neste ano, o bônus foi estendido para o aluno de qualquer escola do País, não mais apenas para pernambucanos.
"Estamos dizendo à sociedade que a política de inclusão social adotada é bem sucedida. São alunos que provaram que têm competência para serem alunos das universidades federais públicas. No caso do curso de música, a perspectiva de avaliação e de aferiação dos resultados também passou desde o ano passado a levar em consideração o resultado de habilidade específica. Antes entravam muitos alunos que tinham pouca experiência e intimidade com o instrumento, hoje a seleção é mais adequada ao aluno que tem talento", avalia a professora Lícia Maia, presidente da Covest.
O processo de aferição do resultado final e a obtenção diferencial de nota para o curso de música promete causar polêmica. Há o questionamento de que a aplicação de uma prova de outra natureza, neste caso a prática, para um grupo específico, coloca em xeque o princípio da isonomia na avaliação e no ranqueamento das colocações.
Na concorrência da seleção do ano passado, música/licenciatura registrou cinco candidatos disputando uma vaga. Já bacharelado em música/instrumento/clarinete, que garantiu o primeiro lugar para Davi, teve apenas quatro candidatos por vaga. Medicina, que tradicionalmente ficava com os primeiros lugares, teve quase trinta candidatos por vaga. Antes dos novos critérios estipulados desde a edição 2010 do vestibular, música, um curso não tão concorrido, nunca figurou entre os primeiros colocados anteriomente. Veja o histórico dos primeiros colocados na UFPE.

HISTÓRICO DOS PRIMEIROS COLOCADOS DA UFPE

2011      Música (BAC), M úsica (LIC), Música (LIC)
2010      Jornalismo, Direito, Engenharia
2009      Física (BAC), Direito, Engenharia da Computação
2008      Engenharia Civil, Medicina, Ciência da Computação


Rosana Simpson 
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS


 


    Rosana Simpson 
www.kwanza.com.br

SAWABONA

"SAWABONA"
por Flávio Gikovante



Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual existe individualidade, respeito,alegria e prazer de estar junto e “não mais” uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.


A  idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. 

Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização, que historicamente tem atingido “mais a mulher”. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. 
Se sou manso ele deve ser agressivo, e assim por diante. 
Uma idéia prática de sobrevivência e pouco romântica, por sinal.  
  
A palavra de ordem deste século é parceria.
Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. 
Eu gosto e desejo a companhia, mas “não preciso” o que é muito diferente! 

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. 

Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. 

O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. 
Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.



É apenas um companheiro de viagem.

O ser humano é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se relacionando, para se adaptar ao mundo que fabricou. 

Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. 
O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. 
Visa a aproximação de dois inteiros “e não” a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade.

Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. 

A solidão é boa. Ficar sozinho não é vergonhoso. 
Ao contrário, dá dignidade a pessoa. 
As boas relações afetivas são ótimas.   
São muito parecidas com o ficar sozinho. 
Ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem!

 
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. 

Cada cérebro é único! 

Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. 

Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gêmea e na verdade o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. 


Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um “diálogo interno” e descobrir sua força pessoal.   

Na solidão o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo,  e ao perceber isso ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.  

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.

Nesse tipo de ligação há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. 
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. 
Algumas vezes temos de aprender a perdoar a “nós mesmos”.

“Sawabona” é um cumprimento usado pelos povos do sul da áfrica e quer dizer:

Eu te respeito! Eu te valorizo! Você é importante pra mim!

Sawabona prá você!!!
 
Rosana Simpson 


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

FESTIVAL DE MÚSICA CARNAVALESCA 2010/2011




Com base em Lei Municipal, a Prefeitura do Recife anualmente promove o Concurso de Música Carnavalesca. Na verdade a Lei deve ter pelo seu princípio a promoção e preservação do frevo, já que merecidamente é o cartão-postal do Recife. Contudo, há anos que esse evento é cercado de atropelos os mais variados, a começar da data do Edital e culminar com a produção e lançamento do CD, regra geral acontecendo de forma anacrônica em razão dos seus objetivos. Já tivemos um concurso em que chegou o CD, mas o encarte não deu tempo de ser feito...

Sempre questionei e afirmei que o problema jamais repousou nos compositores nem tampouco na direção musical, ou seja, ambos sempre cumpriram seus papéis no contexto. 
O que sempre faltou foi estrutura organizacional, e mesmo vontade política de fazer e fazer bem feito como sendo um compromisso cultural e não um simples cumprimento da Lei.

Vale ressaltar o esforço e competência do maestro “Nenéu Liberalquino” que extrapolava assuas alçadas dentro do possível, para que o concurso fosse feito da melhor forma.

É voz unânime dos compositores que sua conduta e empenho sempre foram irrepreensíveis nesse contexto.

No concurso de 2010 os rumos foram mudados. Reconhecemos que toda uma infra-estrutura foi oferecida para esse mister e vemos agora um bom resultado, confirmando nossa constatação de que faltavam “gestão e vontade política”.

Ainda falta uma mídia mais intensa e a divulgação do edital bem mais cedo. 

Aqui fica uma sugestão: por que não divulgar o edital no dia 12 de março, data do aniversário da cidade do Recife?

Teríamos tempo suficiente para promover o festival e todos os seus desdobramentos até o lançamento do CD, que poderia ser na semana da música ou mesmo no dia do músico 22 de novembro de cada ano.

Desta feita foi dado um passo nessa caminhada que não deve parar e sim, ser aprimorado para não fazer somente por fazer. Fazer sim, com qualidade e compromisso com a nossa cultura carnavalesca.

Enfim, o Recife agradece, o frevo merece e os compositores terão mais entusiasmo para criar cada vez melhor suas obras musicais.



Por Luiz Guimarães Gomes de Sá
Publicado em Opinião – Diário de Pernambuco -  05.01.2010





Rosana Simpson 
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