sábado, 28 de junho de 2008

>> AS PIORES CAPAS DE CD <<

Se por acaso você tem uma capa dessas... me envia que publico por aquí!!!





























quinta-feira, 19 de junho de 2008

O MICRÓBIO DO FREVO PARTIU

GENIVAL MACEDO


O “Micróbio do Frevo” viajou (18/06/2008) e nos deixou de herança a alegria dos eternos Carnavais!!!

Genival Macedo Lins - Paraibano de nascimento (João Pessoa – 29/ 03/1921) e Pernambucano de coração, deixa um grande legado à música popular brasileira, em especial à música pernambucana, que com suas belas canções encantaram e alegraram nossas vidas.

O conhecí pessoalmente em 2000, numa mesa de bar em Boa Viagem, onde ele me desafiou a cantar o seu maior sucesso por estas bandas:
Micróbio do Frevo! Aceitei o desafio!

Peguei o violão e cantei especialmente para ele e amigos que ali estavam.
Quando terminei ele me disse: mas tu és uma mulher danada, visse? E ficou muito feliz por constatar mais uma vez o quanto a sua música era popular. Sabemos que pra qualquer artista uma demonstração dessas é a maior recompensa e não tem dinheiro que pague este prazer. Aquele foi um momento muito feliz para mim!!!
Ele me confessou que as pessoas cantavam o Micróbio do Frevo alterando sua divisão original e que eu fui uma das poucas que acertou.
No ano de 2000 o “Quarteto Novo” grupo vocal pernambucano (do qual sou integrante e idealizadora do projeto ao vivo) gravou a música “Micróbio do Frevo” que tocou bastante nas principais rádios de Pernambuco nos Carnavais de 2007 e 2008.
Genival era por essência um homem alegre, espirituoso, inteligente, super musical e tinha o espírito de um rapaz de 20 anos de idade... apesar dos seus tantos anos bem vividos. Ele curtiu muito a vida e trabalhou durante sua estada no Planeta Terra com o que mais gostava: Música!!!
Somente por isso acredito que tenha partido feliz, apesar de todo sofrimento enfrentado no final, por conta dos problemas de saúde, mas partiu com o sentimento de missão cumprida.

Me sinto muito honrada em ter conhecido de perto esta figura que “não morrerá jamais” em nossos corações!

Aqui fica minha humilde homenagem ao eterno e querido Genival Macedo!

Muita luz... em sua nova estrada!!!


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Saiba mais:

GENIVAL MACEDO LINS


Aprendeu as primeiras letras no Colégio Pio X. Foi por essa época, ainda menino, que aflorou o seu espírito poeta e sua paixão pela arte e pela música. Peregrinou pelo Brasil, fazendo sucesso no seu ofício de compositor.
A antológica Micróbio do Frevo, lançada por Jackson do Pandeiro, mais tarde regravada por Gilberto Gil, Quarteto Novo, entre outros, foi um divisor de águas na história deste ritmo eminentemente pernambucano.
Música inovadora, que mudou para sempre o andamento do frevo, possibilitando colocar letra no até então instrumental “Frevo de rua”.
Saudades do Recife, quem não se lembra do refrão... Comer uma peixada no Pina / Depois ir pra Boa Viagem / Bate - bate de maracujá / Ouvir o Capiba falar / Para a saudade matar.

Jackson do Pandeiro, seu amigo e maior intérprete, chegou ao Rio de Janeiro levado pelas mãos de Genival, na época produtor de discos com o selo Harpa e a gravadora Copacabana.
Genival foi responsável por inúmeros sucessos na voz do cantor, como por exemplo, A Mulher do Aníbal, recentemente gravada por Zeca Pagodinho em dueto com Chico Buarque.
A partir daquela data Jackson despontou como um dos maiores nomes da música popular brasileira e referência para os melhores cantores do Brasil.
Em 1941 Genival e seu irmão Gilvan fizeram a festa do carnaval de João Pessoa com uma novidade: um velho caminhão dotado de som amplificado tocando frevo pelas ruas da cidade... Viria a ser o precursor do famoso Trio Elétrico,
popularizado na Bahia depois por Dodô e Osmar nos anos 50.
Trabalhou na Gravadora Copacabana, foi o responsável pelo lançamento do gênio da música popular brasileira Jackson do Pandeiro.
Foi empresário de cantores nacionais tais como: Altemar Dutra, Ângela Maria, Clara Nunes, Miltinho, Isaurinha Garcia, entre outros.
Fez jingles para as campanhas eleitorais na Paraíba e para Presidência do Brasil.
Como contribuição para sua terra natal, a Paraíba, compôs a música “O Meu Sublime Torrão”, símbolo hoje de orgulho dos paraibanos.
Recebeu o Título de Mestres das Artes por propositura da Assembléia Legislativa da Paraíba.

Genival que tinha moradia fixa no Recife, vinha com problemas sérios de saúde há cinco meses e faleceu vítima de uma parada cardíaca, aos 87 anos, na madrugada do dia 18/06/2008, no Hospital Alfa, em Boa Viagem.
O sepultamento ocorreu no Cemitério Morada da Paz em Paulista.
Saiba ainda mais:
GENIVAL MACEDO NO JORNAL O NORTE/PB
O sublime e distante torrão Compositor paraibano Genival Macedo faleceu quarta-feira, aos 87 anos, em Recife e a Paraíba ficou lhe devendo as merecidas homenagens Ricardo Anísio ricardoanisio@jornalonorte.com.br Autor do que podemos chamar de hino popular da Paraíba - embora muitos achem que se apresente melhor para a cidade de João Pessoa - "Meu Sublime Torrão", o compositor Genival Macedo nunca teve a sua devida importância reconhecida para a música nordestina, e brasileira. Muito menos pelos paraibanos. Sua morte na quarta-feira (18) aos 87 anos pode começar a abrir corações e mentes dos homens que fazem a cultura paraibana. Pelo menos assim esperamos. Reconhecimentos póstumos são bem típicos da Paraíba que ou espera a morte de seus heróis ou só os reconhece quando eles ganham repercussão nacional.
Para o compositor e violonista Vital Farias "é um crime um artista como Genival Macedo morrer sem que a maioria dos paraibanos saiba sequer quem ele foi". Provavelmente quase todos os paraibanos já cantarolaram um trecho de "Meu Sublime Torrão", mas a omissão da autoria virou uma praxe no Brasil. "Paraíba hospitaleira, morena brasileira do meu coração". Estes versos escritos por Genival o credenciariam a todas as honras possíveis, mas na verdade os paraibanos praticamente o esqueceram. Gravado por nomes como Chico Buarque ("A Mulher do Aníbal", parceria com Jackson do Pandeiro) e por Silvério Pessoa ("Micróbio do Frevo") percebe-se que várias gerações entoaram suas obras pelo Brasil afora.
Pouca gente sabe, por exemplo, que foi Genival Macedo quem primeiro pensou na estrutura de um Trio Elétrico, depois popularizado pelos irmãos baianos Dodô & Osmar. Em 1941 brincando carnaval em João Pessoa junto com seu irmão Gilvan, Genival circulou em cima de um velho caminhão com som amplificado e tocando frevos de forma frenética. O médico, fotógrafo e pesquisador pernambucano Paulo Carvalho lamenta que Genival Macedo tenha morrido sem ter o reconhecimento devido. "A obra dele era enorme e qualitativa, ia do frevo ao samba e passava pelo forró com a mesma genialidade", disse Carvalho ao caderno Show. "Ele era de uma genialidade fora do comum e fazia uso disso com singeleza, sem empáfia. Mas nos deu alguns dos mais belos frevos do carnaval pernambucano". Genival Macedo fez sucesso no carnaval do Recife com obras como "Cigana Mentirosa", "Saudades do Recife" e "Micróbio do Frevo" entre tantas outras. Como não era cantor e preferia escrever suas músicas para que outros as gravassem Macedo não teve seu nome entre os mais conhecidos da Música Popular Brasileira. "Tudo uma questão de educação, de cultura, as pessoas preferem dar valor a quem canta do que a quem cria", diz Geraldo Azevedo, um dos fãs de Genival Macedo e amigo. Para o autor de "Dia Branco" é de se lamentar que um autor do quilate de Genival Macedo venha a falecer praticamente no anonimato. "Coisas de um país que ainda não sabe fazer a leitura exata da cultura que tem e dos artistas geniais que não conseguiram chegar a grande mídia". O cantor Silvério Pessoa, em entrevista a este caderno há dois anos, lembrou que seu disco "Batidas Urbanas" era uma homenagem dupla a paraibanos. "Mais precisamente ao Genival Macedo e do Jackson do Pandeiro".
A família de Genival Macedo está com um CD pronto com seus maiores sucessos e não conseguiu concluí-lo antes de sua partida. Um de seus filhos,Paulo Germano Lins, manteve contato com órgãos de cultura da Paraíba na tentativa de conseguir patrocínio, mas foi tudo em vão.
Aqui ninguém teve a sensibilidade de gastar alguns reais para prestar a mais que justa homenagem ao autor de "Meu Sublime Torrão", que se não é o hino oficial da Paraíba certamente é o único que a população sabe cantar do início ao fim.
O NORTE, 20-06-2008
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OBS:É lamentável tanta negligência cultural!!!
E tem tanta gente por aí sem valor nenhum musical (essa galera da Música Fuleiragem por exemplo, além dos falsos artistas) estão famosos no mundo todo...
... Desmemórias do Brasil ...
Rosana Simpson.
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terça-feira, 3 de junho de 2008

>>> MÚSICA NAS ESCOLAS <<<


“Matéria da Folha de Pernambuco”


Brasília: Plano prevê ampliação do ensino de música no país

Por Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil

Em 2005, a cidade de São Paulo dispunha de 47 cursos superiores de música. Enquanto isso, os estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins não tinham sequer uma escola. Com base nesse dado, o Plano Nacional de Cultura (PNC) estabelece como desafio a ampliação da oferta de ensino, pesquisa e formação profissional de música, principalmente clássica.
Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e constam do caderno de diretrizes do plano, que será lançado hoje (3), em Brasília. Segundo a pesquisa do IBGE, somente 11,5% dos municípios brasileiros possuem orquestra, por exemplo.
No entanto, o caderno do PNC não cita a formação de um público que goste de orquestras e concertos como fator preponderante para que a maior difusão da música clássica traga retorno positivo aos investimentos do governo no setor.
Questionado sobre a questão, o representante de música erudita no Conselho Nacional de Políticas Culturais – que acompanha e avalia o PNC –, Álvaro Santi, defende que essa formação deve se dar por meio da educação musical.
"A formação de público passa, funcionalmente, pela educação musical, e principalmente, antes de mais nada, nas escolas, pelo ensino formal. Inclusive em relação a isso foi aprovado no Senado um projeto para tornar obrigatória a formação musical nas escolas. Isso passa pela educação artística como um todo."
Santi, que é o relator do PNC, acrescentou que, para haver mais clareza sobre o tema será preciso "enxugar" o documento, hoje com 88 páginas. Ele ainda será discutido em cinco seminários regionais e será submetido à consulta pública antes de voltar ao Congresso para substituir o texto do Projeto de Lei nº 6.835/2006, que propõe a aprovação do plano.
"Talvez é uma crítica que se pode fazer a esse documento como está hoje. Talvez ele precise ser mais sintetizado, menos esmiuçado em segmentos, setores e áreas, mas ter diretrizes que possam ser mais abrangentes. Eu acho que é isso que teremos que buscar para esse documento, que na verdade é um documento inicial, para discussão com a sociedade", defendeu Santi.
Já o coordenador-geral do plano, Gustavo Vidigal, acredita que o problema da formação de público e as demais peculiaridades da área de música devem ser resolvidos quando for criado um plano setorial para a música, previsto no PNC – assim como para todas as outras áreas.
"O plano nacional aborda a cultura de modo geral e, a partir dele, planos setoriais serão feitos. É um plano que vai ter que ser elaborado e que vai ter que levar em conta que a música popular tem especificidades, assim como a música erudita. O plano tem que dar conta de tanto uma como outra característica especial", pontuou Vidigal.
Outra tese que ele defende é a formação de público deve ser trabalhada por meio de parcerias com os governos municipais e estaduais.
"Formação de público é a típica iniciativa que depende de uma articulação de governo municipal, estadual e União. Todo mundo tem que desenvolver uma política como essa. Mas você não pode discutir formação de público sem discutir o acesso. O estado de São Paulo teve há um tempo atrás uma política muito interessante de formação de público, de levar o teatro às escolas e aproximar a formação do estudante, na escola, das artes", exemplificou.