quinta-feira, 4 de setembro de 2008

MESTRE SALU SEGUE VIAGEM


Pernambuco enterra um dos grandes nomes do maracatu e do coco!
Um dos grandes nomes do maracatu, o pernambucano Manoel Salustiano Soares, mais conhecido como Mestre Salu, foi enterrado em Paulista (PE). Ele morreu aos 62 anos, de arritmia cardíaca, em decorrência do Mal de Chagas.
Há 20 anos, o mestre enfrentava a doença, que provoca o aumento do coração. Mestre Salu nasceu em Aliança, a 90 quilômetros de Recife, e, desde jovem, lutou pela preservação de manifestações culturais da Zona da Mata, como ciranda, coco, maracatu e caboclinho. Com seu estilo, o músico influenciou uma série de artistas pernambucanos como Siba, Chico Science e Antônio Nóbrega.

Fundador do grupo Maracatu Piaba de Ouro, Mestre Salu é considerado um ícone da cultura popular brasileira. Intuitivo e talentoso, ele envolveu platéias e fez milhares de pessoas dançarem sob os mais diversos gêneros musicais. Em 1997, ele participou, com o seu grupo, do Festival de Cultura Caribeña, em Cuba.
O músico gravou quatro álbuns: Sonho da Rabeca, As Três Gerações, Cavalo-Marinho, e Mestre Salu e a Sua Rabeca Encantada. O artista também foi assessor de Ariano Suassuna na Secretaria de Cultura de Pernambuco.
Em 2007, ele foi homenageado pelo seus 54 anos de carreira ao receber o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Mestre Salustiano nos ensinou que a tradição da cultura popular não deve se fechar aos novos meios e linguagens, por estar em constante movimento. Seu diálogo com as novas gerações permitiu que essa força não ficasse estacionada no tempo”. Prova viva da diversidade cultural brasileira em permanente processo de revitalização. Do seu berço, Aliança, terra do Maracatu e do Cavalo Marinho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, Mestre Salu colocou o Brasil em uma pisada só, integral, sem divisas, realizando em sua própria vida a arte que assumiu.”

SAIBA MAIS:
http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=309&textCode=6574&date=currentDate

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

MIMO - Mostra Internacional de Música em Olinda


Pela quinta vez consecutiva, a MIMO promove a confluência da mais apurada música instrumental popular e erudita com a arte barroca das igrejas de Olinda. Esta cidade pernambucana, considerada uma das maravilhas arquitetônicas do mundo, é palco do evento entre os dias 1º e 7 de setembro de 2008, oferecendo cerca de 90 atividades gratuitas e abertas ao público.

Um dos momentos mais aguardados do festival são os concertos, realizados na acústica perfeita dos templos religiosos, que confere aos sentidos de quem interpreta e de quem admira uma sonoridade mágica, profunda e única. Todo o roteiro de apresentações é pontuado pela indelével qualidade e diversidade das atrações, que transitam livremente de formações camerísticas a orquestrais, e do repertório clássico à produção brasileira contemporânea.

Ao oferecer também uma programação intensa de filmes, palestras e ações educativas, a MIMO se firma como uma nova maneira de vivenciar a música, aproximando espectadores e instrumentistas da arte e da identidade cultural brasileiras. Você é o convidado especial deste evento, que faz o uso consciente do patrimônio histórico do nosso país e abre janelas para a apreciação crítica e construção fértil desta musa apaixonante chamada música.


Atividade Programação Hora Local
Mostra de Cinema PINDORAMA – A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS SETE ANÕES 19h Pátio da Igreja da Sé
Concertos RAMIRO MUSOTTO 18H30 Igreja de São Pedro Apóstolo
Concertos DUO PERANZZETTA-SENISE 18H30 Convento de São Francisco
Concertos SINFONIETTA JÖNKÖPING 20h30 Igreja da Sé

Atividade Programação Hora Local
Mostra de Cinema DONA HELENA 19h Pátio da Igreja da Sé
Espaço Petrobrás MIMO DUO GISBRANCO 17H30 Espaço Petrobras MIMO
Concertos YASEK MANZANO 18h30 Seminário de Olinda
Concertos BRAD MELHDAU E JOSHUA REDMAN (EUA) 20H30 Igreja da Sé
Concertos SAGRAMA 18H30 Igreja do Rosário dos Homens Pretos
Mostra de Cinema VIVA VOLTA 18H Pátio do Seminário



Atividade Programação Hora Local
Mostra de Cinema TRÊS IRMÃOS DE SANGUE 19h Pátio da Igreja da Sé
Mostra de Cinema BOOKER PITTMAN 18H Pátio do Seminário
Espaço Petrobrás MIMO ACARIOCAMERATA 17H30 Espaço Petrobras MIMO
Concertos QUINTETO VILLA-LOBOS 18H30 Mosteiro de São Bento
Concertos HAIM ISAACS E IZIDOR LEITINGER 18H30 Seminário de Olinda
Concertos AMÉRICA CONTEMPORÂNEA 20H30 Igreja da Sé

Atividade Programação Hora Local
Mostra de Cinema HERBERT DE PERTO 19h Pátio da Igreja da Sé
Mostra de Cinema RUA DA ESCADINHA 162 18H Pátio do Seminário
Concertos ORQUESTRA SINFÔNICA DE BARRA MANSA 16H Igreja Nossa Senhora do Monte
Espaço Petrobrás MIMO TRÊS VIOLÕES BRASILEIROS 17h30 Espaço Petrobras MIMO
Concertos SIBA E ROBERTO CORRÊA 18H30 Convento de São Francisco
Concertos ORQUESTRA MIMO 18H30 Seminário de Olinda
Concertos EUMIR DEODATO TRIO 20H30 Igreja da Sé

Atividade Programação Hora Local
Mostra de Cinema BATUQUE NA COZINHA 18H Pátio do Seminário
Mostra de Cinema ONDE A CORUJA DORME 19h Pátio da Igreja da Sé
Concertos ORQUESTRA SINFÔNICA DO RECIFE 11H30 Igreja da Sé
Concertos ORQUESTRA CRIANÇA CIDADÃ DOS MENINOS DO COQUE 16H Igreja do Rosário dos Homens Pretos
Espaço Petrobrás MIMO TIRA POEIRA 17h30 Espaço Petrobras MIMO
Concertos ANTIQUE CORDOVA ENSEMBLE (ARGENTINA) 18h30 Igreja de Guadalupe
Concertos ANDRÉ MEHMARI 18H30 Seminário de Olinda
Concertos CARLOS MALTA & PIFE MUDERNO E BANDA SINFÔNICA MANGAIO 20H30


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

SEMINÁRIO DIREITOS AUTORAIS E ACESSO À CULTURA


Seminário de São Paulo discutirá os direitos autorais e o acesso à cultura
Evento acontece nos dias 27 e 28 de agosto, na USP Leste.
Seminário “Direitos Autorais e Acesso à Cultura” - Fórum Nacional de Direito Autoral


São Paulo, 27 e 28 de agosto de 2008



Estão abertas as inscrições para o próximo Seminário do Fórum Nacional de Direito Autoral, promovido pelo Ministério da Cultura. O Seminário acontecerá nos dias 27 e 28 de agosto de 2008, na cidade de São Paulo, e terá como tema “Direitos Autorais e Acesso à Cultura”.


Para dar continuidade às discussões do Fórum, debateremos nesse Seminário diversos temas relacionados à busca de equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e o acesso à cultura, enfocando desde os aspectos gerais relacionados às limitações em nossa Lei até os desafios mais concretos que nos trazem as discussões sobre usos educacionais, medidas tecnológicas de proteção, obras órfãs e proteção do patrimônio cultural, entre outros temas.


O evento, promovido pelo Ministério da Cultura, faz parte do Fórum Nacional de Direito Autoral, que durante este e o próximo ano promoverá debates com a sociedade, por meio de diversos seminários e oficinas, a política e o sistema legal e institucional brasileiro voltados para a área do direito autoral.


Todos os seminários serão transmitidos pela Internet e podem ser acompanhados pela página
www.cultura.gov.br/direito_autoral, onde serão colocados os textos e vídeos dos eventos já ocorridos. Outro espaço de discussão é o Blog do Fórum: www.cultura.gov.br/blogs/direito_autoral/ onde a sociedade pode postar comentários e fazer sugestões sobre os temas que estão sendo debatidos.


A inscrição para o seminário, que é gratuita, pode ser feita pela página www.promodelconection.com.br ou pelos telefones (61) 3037-6563 e 3037-6564. As vagas são limitadas.


Maiores informações podem ser obtidas na Coordenação-Geral de Direito Autoral do Ministério da Cultura, pelo telefone (61) 3316-2070.


Endereço: Auditório da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP - Campus USP LESTE

Rua Arlindo Béttio, 1000 - Ermelino Matarazzo, São Paulo - SP

quarta-feira, 30 de julho de 2008

>>> CIDADANIA <<<

VOCÊ SABIA QUE DOCUMENTOS ROUBADOS TEM GRATUIDADE???

LEI 3.051/98

A grande maioria da população não sabe da sua existência, por falta de divulgação através da mídia.
Divulgar esta lei vai ajudar ao povo reaver os seus
documentos furtados ou roubados, tudo gratuitamente, nos orgãos de direitos cíveis.

Para conseguir a gratuidade, basta levar o original e uma cópia (não precisa ser autenticada) do BO - Boletim de Ocorrência – aos orgãos expedidores dos mesmos:

IDENTIDADE: SSP
Secretaria de Segurança Pública (custaria R$ 32,65)

HABILITAÇÃO: Detran
(custaria R$ 42,97)

LICENCIAMENTO ANUAL DE VEÍCULO: Detran
(custaria R$ 34,11)

Mas... é de graça... portanto divulguem!!!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

FORUM NACIONAL DE DIREITO AUTORAL

NOVA ETAPA DO FÓRUM NACIONAL DE DIREITO AUTORAL!!!

COMPOSITOR:
FIQUE LIGADO E DÊ SUA OPINIÃO!!!

Matéria Publicada no Jornal O Globo
Coluna O País, do dia 22 de Junho de 2008.

Há seis anos à frente do ministério da Cultura, o cantor e compositor Gilberto Gil tem desagradado a seus pares, que pedem uma defesa mais firme do Direito Autoral.

Com a queda da venda de CDs e a inadimplência de muitos usuários de música, compositores, principalmente aqueles que não contam com a receita de shows, amargam perdas em seus rendimentos.

No momento em que as ruas do Rio são inundadas por anúncios do CD Banda larga cordel publicidade que, segundo informa a Warner, é paga pelo selo de Gil, Geléia Geral, sócio da multinacional em seu novo disco, dois compositores, também diretores de sociedades de músicos, Abel Silva (da União Brasileira de Compositores, UBC) e Nei Lopes (da Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes, A.M.A.R.), retomam o debate sobre o Direito Autoral.

A pedido da Logo, Gilberto Gil que, no momento, faz mais uma turnê internacional, agora para promover, nos EUA, Banda larga cordel defende a sua gestão e anuncia mais uma edição do Fórum Nacional de Direito Autoral. Marcado para os dias 30 e 31 de julho, no Rio, é, segundo o ministro, o local adequado para uma revisão da lei, que necessitaria de ajustes para acompanhar os avanços tecnológicos.
(Antônio Carlos Miguel)

GILBERTO GIL
O DIREITO AUTORAL NO BRASIL HOJE

Dez anos se passaram desde a última alteração da Lei de Direito Autoral no Brasil. Desde então transformações radicais se deram nas formas como as obras culturais são usufruídas pelo público, basicamente devido ao avanço tecnológico no ambiente digital, que agravou desequilíbrios já existentes na lei. Várias manifestações que tenho recebido fizeram-me crer que chegou o momento de consultar a sociedade, por meio do Fórum Nacional de Direito Autoral, que terá nova etapa nos dias 30 e 31 de julho, no Rio de Janeiro, com a realização do seminário A Defesa do Direito Autoral: Gestão Coletiva e Papel do Estado. O fórum buscará responder aos anseios da população brasileira, em seus diversos grupos constituídos, a respeito do assunto.

Tal consulta não significa que não tenhamos um mapeamento prévio das imperfeições da lei. Minha concepção inicial é de que precisamos alterar a lei para que ela seja um instrumento efetivo de incentivo à criação, ao mesmo tempo em que permita à sociedade usufruir dessas criações sem deixar de dar o devido reconhecimento ao autor e o retorno a quem nele investe. Buscamos o restabelecimento de equilíbrios ausentes em nosso quadro atual: de um lado, equilíbrio entre o autor, que é, em última instância, o motivo da lei, e o investidor, que promove e divulga a obra. De outro, equilíbrio entre quem consome obras protegidas e o titular dos direitos.

Temos algumas idéias prévias a respeito de como restabelecer tais equilíbrios, que são fruto da série de reclamações que o ministério recebe a respeito do formato atual da lei e de estudos comparativos com legislações de outros países. Elas passam por três pontos principais: 1) redefinir o papel do Estado na área autoral: o Brasil é um dos raríssimos casos no mundo em que o Estado não possui qualquer papel na seara autoral, e nem há, dentro do Estado, por exemplo, qualquer instância de mediação e arbitragem para resolver conflitos de interesses na área, aliviando a sobrecarga do poder Judiciário; 2) repensar o capítulo de limitações de nossa lei, no qual o desequilíbrio é marcante, não prevendo, entre outros, o acesso de várias categorias de deficientes às obras protegidas, ou a cópia para uso privado, caso que atinge principalmente os cursos universitários; 3) fazer com que os autores retomem o controle sobre as utilizações de suas obras, pois na legislação atual é permitida a celebração de contratos com cláusulas de cessão e transferência total e definitiva de direitos, prática imposta pelo mercado e que prejudica os autores quanto à gestão na utilização futura de suas criações.

Seria inadequado, no entanto, consolidar quaisquer idéias iniciais sem partir para um processo mais amplo de consulta aos grupos da sociedade interessados no tema. Assim, o Ministério da Cultura lançou o Fórum Nacional de Direitos Autorais, no qual esperamos contar com ampla participação da sociedade.

ABEL SILVA
MODERNO É PAGAR DIREITO!

O Direito Autoral do compositor brasileiro está, como sempre, sob intenso bombardeio. Seu maior inimigo: a inadimplência que se alastra coberta pela impunidade e pela ilegalidade. Cinqüenta por cento das rádios não pagam Direito Autoral. Grandes empresas do audiovisual se negam a pagar ou depositam na Justiça valores muito aquém do justo, embora a música seja absolutamente imprescindível à sua programação. Um poderoso lobby trabalha diuturnamente para que o cinema não pague Direito Autoral de música. Centenas de casas de show que vivem exclusivamente de música se recusam a pagar e algumas ainda recebem o auxílio luxuoso de estatais! O leitor já imaginou uma churrascaria que não pagasse a carne? A moderna e charmosa MTV (esse M aí é de música) paga Direito Autoral em todo o mundo, inclusive na nossa vizinha Argentina, mas, no Brasil, nem pensar. Políticos donos de mídia, de vereadores a senadores da República, labutam noite e dia contra a remuneração do compositor brasileiro. Não tenho dúvidas de que, enquanto escrevo estas linhas, um político em alguma região do Brasil está propondo uma CPI contra esse tal de Ecad. O Ministério da Cultura ocupado por Gilberto Gil, um extraordinário artista, além de não se posicionar claramente contra essa inadimplência acintosa, ainda nos ameaça com uma agência reguladora, velho pleito petista, exatamente quando as tais agências demonstram incompetência e aparelhamento partidário, caso da aviação civil, da telefonia etc. O ministro também tem defendido a flexibilização da Lei do Direito Autoral, e a liberação irrestrita das obras, sem explicar, porém, como seus colegas vão comer, morar, educar seus filhos.

Nossa Lei do Direito Autoral (9610-98) é resultado de um trabalho coletivo de representantes da classe, advogados, especialistas e políticos. O último passo desse processo para aprovação no Congresso Nacional foi a visita ao seu presidente Antonio Carlos Magalhães, em sua casa em Salvador.

Lá chegando (Fernando Brant, Caetano, Gil, Carlinhos Brown, Ronaldo Bastos, Marcos Vinícius e eu) presenciamos um fato exemplar da guerra suja que cerca a atuação dos inimigos do direito autoral: o texto que o senador começou a ler, diante do nosso espanto e também do senador, era outro completamente antagônico ao que defendíamos. Até hoje não sabemos o autor do fracassado golpe.

Substituído o texto, foi feita a leitura da Lei, depois aprovada pelo Congresso.

Um ponto fundamental da Lei e um dos mais discutidos, é a obrigatoriedade de um único órgão de recebimento e distribuição dos direitos de execução de música, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).

A razão é simples: a existência de várias sociedades arrecadadoras e distribuidoras, como era antes, praticamente impossibilitava o processo e era o argumento mais usado pelos usuários: Não sabemos a quem pagar.

Agora sabem. O Ecad tem problemas, mas quem é do ramo há mais tempo sabe que já foi infinitamente pior.

Pode melhorar e essa é uma tarefa exclusivamente dos compositores e músicos brasileiros. Herdamos dos pioneiros, como Chiquinha Gonzaga, Caymmi, Ataulfo, Mario Lago, Humberto Teixeira, Braguinha e tantos outros a obrigação de lutar para que o artista da música brasileira seja respeitado.

Esta música é a face mais brilhante e vitoriosa de nossa cultura, permite a ascensão social de milhares, confere dignidade e cidadania, além de movimentar uma poderosa engrenagem econômica e financeira.

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Só depende agora da articulação dos compositores do Brasil!!!

Vamos nessa!!!

Rosana Simpson.


sábado, 28 de junho de 2008

>> AS PIORES CAPAS DE CD <<

Se por acaso você tem uma capa dessas... me envia que publico por aquí!!!





























quinta-feira, 19 de junho de 2008

O MICRÓBIO DO FREVO PARTIU

GENIVAL MACEDO


O “Micróbio do Frevo” viajou (18/06/2008) e nos deixou de herança a alegria dos eternos Carnavais!!!

Genival Macedo Lins - Paraibano de nascimento (João Pessoa – 29/ 03/1921) e Pernambucano de coração, deixa um grande legado à música popular brasileira, em especial à música pernambucana, que com suas belas canções encantaram e alegraram nossas vidas.

O conhecí pessoalmente em 2000, numa mesa de bar em Boa Viagem, onde ele me desafiou a cantar o seu maior sucesso por estas bandas:
Micróbio do Frevo! Aceitei o desafio!

Peguei o violão e cantei especialmente para ele e amigos que ali estavam.
Quando terminei ele me disse: mas tu és uma mulher danada, visse? E ficou muito feliz por constatar mais uma vez o quanto a sua música era popular. Sabemos que pra qualquer artista uma demonstração dessas é a maior recompensa e não tem dinheiro que pague este prazer. Aquele foi um momento muito feliz para mim!!!
Ele me confessou que as pessoas cantavam o Micróbio do Frevo alterando sua divisão original e que eu fui uma das poucas que acertou.
No ano de 2000 o “Quarteto Novo” grupo vocal pernambucano (do qual sou integrante e idealizadora do projeto ao vivo) gravou a música “Micróbio do Frevo” que tocou bastante nas principais rádios de Pernambuco nos Carnavais de 2007 e 2008.
Genival era por essência um homem alegre, espirituoso, inteligente, super musical e tinha o espírito de um rapaz de 20 anos de idade... apesar dos seus tantos anos bem vividos. Ele curtiu muito a vida e trabalhou durante sua estada no Planeta Terra com o que mais gostava: Música!!!
Somente por isso acredito que tenha partido feliz, apesar de todo sofrimento enfrentado no final, por conta dos problemas de saúde, mas partiu com o sentimento de missão cumprida.

Me sinto muito honrada em ter conhecido de perto esta figura que “não morrerá jamais” em nossos corações!

Aqui fica minha humilde homenagem ao eterno e querido Genival Macedo!

Muita luz... em sua nova estrada!!!


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Saiba mais:

GENIVAL MACEDO LINS


Aprendeu as primeiras letras no Colégio Pio X. Foi por essa época, ainda menino, que aflorou o seu espírito poeta e sua paixão pela arte e pela música. Peregrinou pelo Brasil, fazendo sucesso no seu ofício de compositor.
A antológica Micróbio do Frevo, lançada por Jackson do Pandeiro, mais tarde regravada por Gilberto Gil, Quarteto Novo, entre outros, foi um divisor de águas na história deste ritmo eminentemente pernambucano.
Música inovadora, que mudou para sempre o andamento do frevo, possibilitando colocar letra no até então instrumental “Frevo de rua”.
Saudades do Recife, quem não se lembra do refrão... Comer uma peixada no Pina / Depois ir pra Boa Viagem / Bate - bate de maracujá / Ouvir o Capiba falar / Para a saudade matar.

Jackson do Pandeiro, seu amigo e maior intérprete, chegou ao Rio de Janeiro levado pelas mãos de Genival, na época produtor de discos com o selo Harpa e a gravadora Copacabana.
Genival foi responsável por inúmeros sucessos na voz do cantor, como por exemplo, A Mulher do Aníbal, recentemente gravada por Zeca Pagodinho em dueto com Chico Buarque.
A partir daquela data Jackson despontou como um dos maiores nomes da música popular brasileira e referência para os melhores cantores do Brasil.
Em 1941 Genival e seu irmão Gilvan fizeram a festa do carnaval de João Pessoa com uma novidade: um velho caminhão dotado de som amplificado tocando frevo pelas ruas da cidade... Viria a ser o precursor do famoso Trio Elétrico,
popularizado na Bahia depois por Dodô e Osmar nos anos 50.
Trabalhou na Gravadora Copacabana, foi o responsável pelo lançamento do gênio da música popular brasileira Jackson do Pandeiro.
Foi empresário de cantores nacionais tais como: Altemar Dutra, Ângela Maria, Clara Nunes, Miltinho, Isaurinha Garcia, entre outros.
Fez jingles para as campanhas eleitorais na Paraíba e para Presidência do Brasil.
Como contribuição para sua terra natal, a Paraíba, compôs a música “O Meu Sublime Torrão”, símbolo hoje de orgulho dos paraibanos.
Recebeu o Título de Mestres das Artes por propositura da Assembléia Legislativa da Paraíba.

Genival que tinha moradia fixa no Recife, vinha com problemas sérios de saúde há cinco meses e faleceu vítima de uma parada cardíaca, aos 87 anos, na madrugada do dia 18/06/2008, no Hospital Alfa, em Boa Viagem.
O sepultamento ocorreu no Cemitério Morada da Paz em Paulista.
Saiba ainda mais:
GENIVAL MACEDO NO JORNAL O NORTE/PB
O sublime e distante torrão Compositor paraibano Genival Macedo faleceu quarta-feira, aos 87 anos, em Recife e a Paraíba ficou lhe devendo as merecidas homenagens Ricardo Anísio ricardoanisio@jornalonorte.com.br Autor do que podemos chamar de hino popular da Paraíba - embora muitos achem que se apresente melhor para a cidade de João Pessoa - "Meu Sublime Torrão", o compositor Genival Macedo nunca teve a sua devida importância reconhecida para a música nordestina, e brasileira. Muito menos pelos paraibanos. Sua morte na quarta-feira (18) aos 87 anos pode começar a abrir corações e mentes dos homens que fazem a cultura paraibana. Pelo menos assim esperamos. Reconhecimentos póstumos são bem típicos da Paraíba que ou espera a morte de seus heróis ou só os reconhece quando eles ganham repercussão nacional.
Para o compositor e violonista Vital Farias "é um crime um artista como Genival Macedo morrer sem que a maioria dos paraibanos saiba sequer quem ele foi". Provavelmente quase todos os paraibanos já cantarolaram um trecho de "Meu Sublime Torrão", mas a omissão da autoria virou uma praxe no Brasil. "Paraíba hospitaleira, morena brasileira do meu coração". Estes versos escritos por Genival o credenciariam a todas as honras possíveis, mas na verdade os paraibanos praticamente o esqueceram. Gravado por nomes como Chico Buarque ("A Mulher do Aníbal", parceria com Jackson do Pandeiro) e por Silvério Pessoa ("Micróbio do Frevo") percebe-se que várias gerações entoaram suas obras pelo Brasil afora.
Pouca gente sabe, por exemplo, que foi Genival Macedo quem primeiro pensou na estrutura de um Trio Elétrico, depois popularizado pelos irmãos baianos Dodô & Osmar. Em 1941 brincando carnaval em João Pessoa junto com seu irmão Gilvan, Genival circulou em cima de um velho caminhão com som amplificado e tocando frevos de forma frenética. O médico, fotógrafo e pesquisador pernambucano Paulo Carvalho lamenta que Genival Macedo tenha morrido sem ter o reconhecimento devido. "A obra dele era enorme e qualitativa, ia do frevo ao samba e passava pelo forró com a mesma genialidade", disse Carvalho ao caderno Show. "Ele era de uma genialidade fora do comum e fazia uso disso com singeleza, sem empáfia. Mas nos deu alguns dos mais belos frevos do carnaval pernambucano". Genival Macedo fez sucesso no carnaval do Recife com obras como "Cigana Mentirosa", "Saudades do Recife" e "Micróbio do Frevo" entre tantas outras. Como não era cantor e preferia escrever suas músicas para que outros as gravassem Macedo não teve seu nome entre os mais conhecidos da Música Popular Brasileira. "Tudo uma questão de educação, de cultura, as pessoas preferem dar valor a quem canta do que a quem cria", diz Geraldo Azevedo, um dos fãs de Genival Macedo e amigo. Para o autor de "Dia Branco" é de se lamentar que um autor do quilate de Genival Macedo venha a falecer praticamente no anonimato. "Coisas de um país que ainda não sabe fazer a leitura exata da cultura que tem e dos artistas geniais que não conseguiram chegar a grande mídia". O cantor Silvério Pessoa, em entrevista a este caderno há dois anos, lembrou que seu disco "Batidas Urbanas" era uma homenagem dupla a paraibanos. "Mais precisamente ao Genival Macedo e do Jackson do Pandeiro".
A família de Genival Macedo está com um CD pronto com seus maiores sucessos e não conseguiu concluí-lo antes de sua partida. Um de seus filhos,Paulo Germano Lins, manteve contato com órgãos de cultura da Paraíba na tentativa de conseguir patrocínio, mas foi tudo em vão.
Aqui ninguém teve a sensibilidade de gastar alguns reais para prestar a mais que justa homenagem ao autor de "Meu Sublime Torrão", que se não é o hino oficial da Paraíba certamente é o único que a população sabe cantar do início ao fim.
O NORTE, 20-06-2008
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OBS:É lamentável tanta negligência cultural!!!
E tem tanta gente por aí sem valor nenhum musical (essa galera da Música Fuleiragem por exemplo, além dos falsos artistas) estão famosos no mundo todo...
... Desmemórias do Brasil ...
Rosana Simpson.
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terça-feira, 3 de junho de 2008

>>> MÚSICA NAS ESCOLAS <<<


“Matéria da Folha de Pernambuco”


Brasília: Plano prevê ampliação do ensino de música no país

Por Morillo Carvalho - Repórter da Agência Brasil

Em 2005, a cidade de São Paulo dispunha de 47 cursos superiores de música. Enquanto isso, os estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins não tinham sequer uma escola. Com base nesse dado, o Plano Nacional de Cultura (PNC) estabelece como desafio a ampliação da oferta de ensino, pesquisa e formação profissional de música, principalmente clássica.
Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e constam do caderno de diretrizes do plano, que será lançado hoje (3), em Brasília. Segundo a pesquisa do IBGE, somente 11,5% dos municípios brasileiros possuem orquestra, por exemplo.
No entanto, o caderno do PNC não cita a formação de um público que goste de orquestras e concertos como fator preponderante para que a maior difusão da música clássica traga retorno positivo aos investimentos do governo no setor.
Questionado sobre a questão, o representante de música erudita no Conselho Nacional de Políticas Culturais – que acompanha e avalia o PNC –, Álvaro Santi, defende que essa formação deve se dar por meio da educação musical.
"A formação de público passa, funcionalmente, pela educação musical, e principalmente, antes de mais nada, nas escolas, pelo ensino formal. Inclusive em relação a isso foi aprovado no Senado um projeto para tornar obrigatória a formação musical nas escolas. Isso passa pela educação artística como um todo."
Santi, que é o relator do PNC, acrescentou que, para haver mais clareza sobre o tema será preciso "enxugar" o documento, hoje com 88 páginas. Ele ainda será discutido em cinco seminários regionais e será submetido à consulta pública antes de voltar ao Congresso para substituir o texto do Projeto de Lei nº 6.835/2006, que propõe a aprovação do plano.
"Talvez é uma crítica que se pode fazer a esse documento como está hoje. Talvez ele precise ser mais sintetizado, menos esmiuçado em segmentos, setores e áreas, mas ter diretrizes que possam ser mais abrangentes. Eu acho que é isso que teremos que buscar para esse documento, que na verdade é um documento inicial, para discussão com a sociedade", defendeu Santi.
Já o coordenador-geral do plano, Gustavo Vidigal, acredita que o problema da formação de público e as demais peculiaridades da área de música devem ser resolvidos quando for criado um plano setorial para a música, previsto no PNC – assim como para todas as outras áreas.
"O plano nacional aborda a cultura de modo geral e, a partir dele, planos setoriais serão feitos. É um plano que vai ter que ser elaborado e que vai ter que levar em conta que a música popular tem especificidades, assim como a música erudita. O plano tem que dar conta de tanto uma como outra característica especial", pontuou Vidigal.
Outra tese que ele defende é a formação de público deve ser trabalhada por meio de parcerias com os governos municipais e estaduais.
"Formação de público é a típica iniciativa que depende de uma articulação de governo municipal, estadual e União. Todo mundo tem que desenvolver uma política como essa. Mas você não pode discutir formação de público sem discutir o acesso. O estado de São Paulo teve há um tempo atrás uma política muito interessante de formação de público, de levar o teatro às escolas e aproximar a formação do estudante, na escola, das artes", exemplificou.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

>>>>> TOINHO ALVES <<<<<

TOINHO ALVES – QUINTETO VIOLADO
“... O colar perde uma de suas contas ...”

O músico foi encontrado morto em seu apartamento, em Candeias – Jaboatão dos Guararapes - PE, no final da manhã da quinta (29/05/2008). Familiares tentaram entrar em contato com ele por telefone, durante a manhã, mas as chamadas não foram atendidas.
Seu filho Dudu Alves, também músico do Quinteto, tinha a chave da casa do pai e resolveu procurá-lo. Toinho (64 anos) foi encontrado morto na varanda do seu apartamento.
A causa da morte confirmada no atestado de óbito foi enfarto, que aconteceu por volta das 23:30h da quarta-feira.
Toinho nasceu em 22/09/1943 e era natural de Garanhuns, cidade do Agreste pernambucano. Veio de uma família de músicos e teve a oportunidade de aprender música antes de ser alfabetizado. Em sua cidade, participou da Banda Municipal e herdou dos monges beneditinos o gosto pelo canto. Antes de abraçar a carreira musical, foi engenheiro químico no Recife, porém o palco passou a ser a sua vida.

Na primeira metade dos anos 60 criou o grupo vocal Os Bossa Norte, do qual também fizeram parte Naná Vasconcelos e Marcelo Melo. O Quinteto surgiu em 1971 com a proposta de misturar elementos eruditos e populares, fazendo uma música que não desvirtua nenhuma de suas origens e resulta numa rica combinação rítmica. A idéia de formar o Quinteto surgiu quando integrava o TVU-3, grupo musical vinculado à TV Universitária, do qual também faziam parte Luciano Pimentel (bateria) e Sérgio Kyrillos (piano).
Em uma apresentação com Fernando Filizola e Marcelo Melo (convidados) ele percebeu que aquilo ali poderia render muito mais:
surge então o Quinteto Violado.


Toinho (Voz e contrabaixo) foi o responsável pela coordenação musical dos arranjos, repertório, produção artística dos discos e direção musical dos espetáculos.
A pesquisa musical e a vivência dos instrumentistas resultaram num trabalho muito original.



Aquí fica a minha homenagem à você!!!
Que Deus ilumine a sua nova trajetória!!!

Muita luz!!!